Que a inteligência artificial (IA) revolucionou a indústria e a internet, ninguém duvida. Mas será que ela pode também impactar positivamente a forma como os alunos estudam para as provas? Esse é um questionamento que muitos professores têm feito. Afinal, de um jeito ou de outro, os estudantes vão usar dessa tecnologia. Resta aos profissionais do ensino verificar como ajudá-los a fazê-lo da maneira mais eficaz, segura e responsável possível.
Pensando nesse desafio, abaixo estão algumas das trilhas a serem tomadas pelos educadores e as principais ressalvas que precisam ser destacadas.
Aprendizagem personalizada em escala
Uma das maiores vantagens da IA é sua capacidade de se adaptar às experiências de aprendizagem de cada aluno. Exemplos práticos disso incluem plataformas como Khan Academy, Edmentum e Century Tech, as quais usam algoritmos de IA para analisar as respostas dos estudantes e ajustar seu conteúdo de acordo. Assim, eles passam mais tempo se concentrando nos conceitos com os quais têm dificuldade e gastam menos energia em tópicos que já dominam.
Cronogramas de estudo
A gestão do tempo é um dos principais obstáculos na vida dos estudantes. A IA pode ajudar nesse ponto com calendários e planners inteligentes, como o SmartStudy e o MyStudyLife, que ajudam a dividir as sessões de estudo em partes gerenciáveis com base nos cronogramas das provas e na carga de trabalho. Ao organizar de maneira mais eficaz as matérias, essas ferramentas reduzem a tentação de estudar de última hora, além de promoverem hábitos de revisão mais consistentes.
Feedback em tempo real
Na hora de estudar, os alunos podem contar também com tutores baseados em IA, como Squirrel AI e Knewton, que fornecem feedback instantâneo sobre testes práticos ou exercícios nas mais diversas matérias. Ao contrário das planilhas tradicionais, essas plataformas analisam cada resposta para identificar padrões e assinalar erros comuns e conceitos que não foram bem compreendidos.
Assistentes de pesquisa e escrita
Além da revisão das matérias e dos testes, a IA pode auxiliar os alunos também no desenvolvimento do pensamento crítico e das habilidades de escrita. Ferramentas como Grammarly ou QuillBot dão suporte na gramática e na clareza das redações, enquanto outras, como Perplexity ou Semantic Scholar, apoiam os alunos na busca por fontes acadêmicas relevantes usando consultas em linguagem natural.
Saúde mental e bem-estar
As dificuldades nos estudos não se resumem apenas às matérias difíceis: muitos alunos acabam tendo resultados inferiores simplesmente porque não sabem lidar com o estresse das provas. Para isso, plataformas como Youper e Woebot oferecem um suporte baseado em IA que usa chatbots e técnicas cognitivo-comportamentais para orientar os estudantes sobre como gerenciar a ansiedade, praticar a atenção plena e desenvolver resiliência durante períodos de alta pressão.
Privacidade e proteção de dados
Apesar dos benefícios, as ferramentas de IA também podem oferecer alguns riscos, sobretudo no tocante ao tratamento dos dados coletados para aprimoramento de seus algoritmos.
Por isso, é crucial que os educadores instruam os alunos a como se proteger ao usar essas plataformas, sugerindo, por exemplo, o uso de uma rede virtual privada (VPN), programas antivírus e a adoção de boas práticas do ambiente virtual.
Com a melhor VPN para estudantes, o acesso às plataformas de IA online se torna mais privado com criptografia, mesmo quando os alunos estão conectados a redes de Wi-Fi inseguras, como as disponíveis em bibliotecas e cafeterias. Já os programas antivírus garantem a proteção dos dispositivos contra arquivos potencialmente maliciosos de serviços e aplicativos suspeitos que podem ser acessados na internet.
Por fim, para prevenir as maiores armadilhas da rede, devem-se incentivar boas práticas virtuais, como a verificação das políticas de privacidade das plataformas de IA, o emprego de senhas fortes e únicas para cada ferramenta e o uso das credenciais escolares apenas em serviços oficialmente aprovados pela instituição.
Como visto, a IA pode ser uma poderosa aliada no ensino, oferecendo apoio não somente na revisão e organização dos estudos, mas também na saúde mental dos alunos. Como toda tecnologia, porém, ela deve ser usada com responsabilidade. Aos professores, portanto, cabe o papel de ensinar os alunos a aproveitar ao máximo as benesses dessas ferramentas, sem colocarem em risco sua privacidade e segurança pessoal.