O relatório global Education at a Glance 2024 traz uma radiografia do sistema educacional brasileiro, destacando tanto conquistas quanto grandes desafios que o país ainda precisa superar. Com foco na equidade, o documento revela dados sobre o acesso à educação e o investimento no setor, comparando o Brasil a outros países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Confira os principais pontos que afetam diretamente o futuro da educação no país.
Os gastos públicos por aluno no Brasil ainda estão muito aquém do ideal. Enquanto países da OCDE investem, em média, USD 11.914 por aluno no ensino fundamental, o Brasil investe apenas USD 3.668. Esse descompasso se repete em outros níveis de ensino, com impacto direto na qualidade da educação oferecida.
Em meio a esforços globais para qualificar jovens adultos, o Brasil reduziu em 8 pontos percentuais a quantidade de jovens de 25 a 34 anos sem conclusão do ensino médio entre 2016 e 2023. Apesar dessa queda, o número ainda preocupa: 27% dessa faixa etária continua sem a qualificação mínima, 13 pontos percentuais acima da média da OCDE. Melhorar esse índice é crucial para transformar o futuro desses jovens.
A educação infantil é reconhecida por seu papel fundamental na igualdade de oportunidades. No Brasil, 90% das crianças estão matriculadas nessa etapa, número que, embora alto, está um pouco abaixo da média dos países da OCDE, de 96%. Ampliar esse acesso pode ser uma chave para reduzir desigualdades desde cedo.
Uma boa notícia é a queda da proporção de jovens de 18 a 24 anos que não estudam, nem trabalham (NEETs). No Brasil, essa taxa caiu de 29,4% em 2016 para 24% em 2023. No entanto, o país ainda tem um longo caminho para atingir os índices dos países desenvolvidos.
As mulheres continuam dominando quando o assunto é educação superior. No Brasil, 28% das mulheres entre 25 e 34 anos possuem diploma de ensino superior, em comparação a apenas 20% dos homens. Essa tendência, observada globalmente, reflete o sucesso feminino no acesso e conclusão do ensino superior.
Outro dado relevante diz respeito ao tamanho das turmas no Brasil. A média de alunos por turma no ensino fundamental é de 15, bem abaixo da média de 27 estudantes nos países da OCDE. Esse dado pode indicar uma atenção maior ao aluno, mas também reflete a necessidade de melhor gestão de recursos e infraestruturas.
Esses são apenas alguns dos destaques do Education at a Glance 2024, que coloca em evidência tanto os avanços quanto os desafios da educação brasileira. Com um foco maior em investimentos e equidade, o país pode estar no caminho para garantir um futuro melhor para seus jovens.
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